A decisão foi anunciada na véspera da Superterça, quando 15 estados dos Estados Unidos realizam suas prévias eleitorais simultaneamente. A sentença diz respeito a um caso específico do estado do Colorado, mas terá efeito em qualquer outro estado que questione a inclusão de Trump na cédula eleitoral, abrangendo assim todo o país. Na prática, não há mais possibilidade de o ex-presidente ficar excluído da corrida eleitoral.
O julgamento da Suprema Corte foi uma resposta ao recurso apresentado pela defesa de Donald Trump contra uma decisão da Justiça do estado do Colorado, que determinava que Trump não poderia concorrer às eleições por suposta violação de um artigo da Constituição dos EUA.
Na ocasião, a Justiça estadual argumentou que Donald Trump fomentou os atos golpistas em 6 de janeiro de 2021, quando milhares de pessoas invadiram o Capitólio em Washington.
No entanto, a Suprema Corte, cuja composição é de maioria conservadora, concluiu que é responsabilidade do Congresso nacional, e não dos estados individuais, decidir se um candidato pode ou não concorrer às eleições.
Trump perdeu as eleições presidenciais de 2020 para Joe Biden, mas ele não aceitou o resultado. Em 6 de janeiro de 2021, ainda como presidente, Trump fez um discurso em Washington DC para uma multidão que, após sua fala, invadiu o prédio do Congresso dos EUA, conhecido como Capitólio.
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