Cravos e girassóis foram colocados no seu túmulo por familiares, amigos íntimos e irmãos militares, liderados pelo Ministro da Defesa, General Vladimir Padrino, que prometeram a sua lealdade e empenho na obra bolivariana que ele ergueu.
O povo acorreu mais uma vez a este lugar sagrado – localizado na paróquia de 23 de Enero – vindo de vários pontos da Grande Caracas para prestar homenagem ao seu herói, pai e amigo, que, segundo os homens e mulheres do povo, não morreu, mas multiplicou-se em milhões.
O líder bolivariano já tinha dito, em vida, perante uma multidão em Acarigua, a 24 de agosto de 2012, no estado de Portuguesa, no nordeste da Venezuela, que “o amor se paga com amor” e essa frase que hoje se tornou realidade que “já não sou eu, sou um povo e somos todos Chávez”.
Este facto foi confirmado por homens e mulheres entrevistados na televisão, como o jovem venezuelano que disse que “Chávez, mais do que qualquer outra coisa, é um legado, um amor, um despertar” do que tinha acontecido durante décadas.
Ele dignificou-nos e deu-nos a oportunidade de crescer, de nos prepararmos, de sermos pessoas melhores, ele tornou-se naquilo que somos hoje, a criança, o trabalhador, o estudante, “ele não morreu, ele representa milhões, Chávez sou eu”, sublinhou.
Ana, uma mulher do povo, disse que “Chávez está mais vivo e mais forte do que nunca, e estamos prontos para defender esta pátria, porque o amor paga-se com amor”, afirmou.
Outra bolivariana, que disse tê-lo conhecido quando era muito jovem, comentou que “a maioria de nós que estamos aqui (no Cuartel de la Montaña) estamos aqui porque acreditamos no que o comandante nos ensinou e nos deixou, ele não morreu, multiplicou-se em cada um de nós”.
A sua filha Rosa Inés, em lágrimas, falou do pai, mas também do comandante, do homem que milhões de pessoas viram na sua luz a esperança, nos seus olhos o amor, no seu caminhar o caminho, nas suas acções o exemplo e o compromisso.
Em ti viram um líder, um pai, um amigo, um irmão de luta, um professor, um homem corajoso dedicado de corpo, mente, alma e coração ao seu amor mais profundo: a sua pátria Venezuela”, sublinhou.
Obrigada pai, obrigada comandante por continuares a ser esse farol que ilumina o nosso caminho e nos enche de força e coragem”, comentou emocionada a jovem.
O vice-presidente de mobilização e eventos do Partido Socialista Unido, Nahum Fernández, no início da mobilização dos cravos vermelhos, disse que de diferentes pontos e paróquias eles vieram para se reencontrar com o amor infinito de Chávez e dizer-lhe: “Comandante, aqui está o povo que nunca o abandonará”.
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