Por meio de um comunicado, o Executivo sandinista assinalou que desta vez a indignação reitera a absurda declaração de designar a Venezuela como emergência de Segurança Nacional contra o imperialismo ianque.
O texto, intitulado “Com a Venezuela sempre” e assinado pelo presidente Daniel Ortega e pela vice-presidente Rosario Murillo, lembrou que uma declaração semelhante é publicada anualmente contra a Nicarágua desde 2018.
“O império ianque com a continuidade de sua política arbitrária, agressiva, destrutiva e criminosa, só mostra vez mais sua própria fragilidade, diante da coragem levantada pelos povos que somos dignidade e decoro nacional nas exigências imortais de respeito e justiça de todos nossos heróis e heroínas”, ressaltou.
As mais altas autoridades nicaraguenses transmitiram suas saudações ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao seu povo e ao seu governo, visando reafirmar a democracia protagonista e complementar, que, segundo eles, se fornece diariamente em meio à crueldade da guerra imposta pelo império e ao ódio que os corrói e destrói por dentro.
O governo dos Estados Unidos renovou nesta terça-feira, por mais um ano, a Ordem Executiva 13692, com a qual declarou a Venezuela uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa” do país norte-americano, que foi assinada em 2015 pelo então presidente Barack Obama (2009-2017).
Essa decisão estabeleceu as bases legais, políticas e administrativas para a imposição de medidas coercitivas unilaterais contra a Venezuela.
Na quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela rejeitou veementemente a renovação do decreto presidencial dos EUA e destacou que ele é usado pelos Estados Unidos para “justificar uma campanha sustentada de agressão” contra o povo venezuelano, em violação ao direito internacional.
O secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos, Jorge Arreaza, também fez uma declaração sobre o assunto e afirmou que a renovação da Ordem Executiva contra a Venezuela constitui uma violação contínua do direito internacional, com efeitos criminosos sobre a população.
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