Num relatório por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que se comemora amanhã, a organização estimou que as mulheres representam uma parte importante dos mais de 72 mil feridos.
Elas e os menores também representam a maioria das pessoas desaparecidas sob os escombros, observou.
O Gabinete detalhou que dos quase dois milhões de cidadãos que abandonaram as suas casas no enclave costeiro devido aos ataques israelenses, metade são mulheres.
Alertou para o futuro de mais de 60 mil grávidas no território, onde existe uma grave escassez de alimentos e medicamentos.
Cerca de 15 por cento delas são susceptíveis de sofrer complicações na gravidez e no parto, que são difíceis de tratar devido à falta de cuidados médicos, sublinhou.
O número de partos prematuros aumentou um terço devido a fatores como stress e traumas, enquanto alguns abortaram por medo, denunciou.
O relatório observou que as mulheres grávidas sofrem de desnutrição e desidratação, pois enfrentam uma grave pobreza nutricional, e afirmou que muitos dos seus filhos nascem com baixo peso e sofrem de problemas de saúde.
Precisamente, esta quinta-feira, a ONG ActionAid International anunciou que “as mulheres na Faixa de Gaza estão a dar à luz fetos nados-mortos, devido ao risco crescente de fome e ao colapso das operações humanitárias”.
Na semana passada, a ONU também estimou o número de palestinas assassinadas em Gaza desde 7 de outubro em nove mil.
É provável que este número seja inferior ao real porque os relatórios indicam que muitas delas morreram sob os escombros, alertou a ONU Mulheres num comunicado.
Embora esta guerra não perdoe ninguém, os dados confirmam que mata e fere mulheres de uma forma sem precedentes, sublinhou.
A organização das Nações Unidas detalhou que, ao ritmo atual, uma média de 63 pessoas são assassinadas todos os dias.
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