O dirigente da Frente Unida de Trabalhadores (FUT), José Villavicencio, disse em uma conferência de imprensa nesta quinta-feira que o protesto será realizado no dia do 96º aniversário da fundação do Instituto Equatoriano de Seguridade Social (IESS).
Ele argumentou que no orçamento geral do Estado apresentado à Assembleia Nacional, o IESS recebe um corte de US$ 1,313 bilhão, embora a Constituição estabeleça que deveria ser mais de US$ 3,7 bilhões.
É a mesma prática do ex-presidente Guillermo Lasso, disse Villavicencio, que descreveu Noboa como mentiroso, porque até agora ele não cumpriu as promessas de campanha, como o pagamento da dívida do Estado com a instituição responsável pela seguridade social.
Ao mesmo tempo, durante um protesto diante das sedes do IESS em Quito, um grupo de aposentados rejeitou as modificações que o governo planeja implementar, entre elas o aumento das contribuições.
Estaremos nas ruas e praças do país”, disse Mario Morales, um dos aposentados que criticou a ideia de aumentar as contribuições depois que o governo de Noboa também decidiu aumentar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para 15% a partir de abril, o que tornará tudo mais caro.
“O seguro não está à venda, o seguro é defendido”, foi um dos slogans entoados pelos aposentados em sua manifestação de protesto.
O presidente do conselho de administração dessa entidade, Eduardo Peña, declarou recentemente que está considerando aumentar a taxa de contribuição de 20,6% para 30% do salário, bem como o número de anos de contribuição.
A iniciativa, que, segundo o Poder Executivo, será enviada à legislatura este ano, também propõe um cálculo das pensões de aposentadoria com base em uma média dos últimos 30 anos e não nos cinco maiores salários, como é o caso atualmente.
Rejeitamos essas propostas; não permitiremos que a idade ou o número de contribuições sejam aumentados porque eles não oferecem empregos para os jovens”, disse José Ortiz, presidente da Frente Única em Defesa do IESS (Frente Única em Defesa do IESS).
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