O propósito, disse a presidente da Asppro, Nydia Bauzá, é evitar a revitimização das mulheres afetadas ou de seus parentes em casos de feminicídio.
Juntamente com representantes da Colectiva Feminista en Construcción, da Coordinadora Paz para la Mujer, da Organización Puertorriqueña de la Mujer Trabajadora, do Proyecto Matria e da publicação digital feminista Todas, a organização jornalística apresentou um manifesto pormenorizado para ser usado por jornalistas e editores no Ateneo Puertorriqueño.
Bauzá explicou que é uma compilação de recomendações feitas por várias organizações de direitos das mulheres, criadas de forma estruturada em um único documento, as quais servirão de guia para editores, gerentes de mídia, jornalistas e outros profissionais de comunicação ao cobrir casos de violência de gênero.
“Jornalistas, editores e profissionais da mídia devem evitar ser promotores da violência de gênero por meio de uma cobertura insensível”, disse a presidente da Asppro, ressaltando que “a violência masculina continua a nos roubar vidas”.
Ela considerou os números de feminicídios alarmantes, pois até agora em 2024 já houve sete em Porto Rico, dois a mais do que na mesma data em 2023, de acordo com as estatísticas da polícia.
Em vista do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, nesta sexta-feira (8), Bauzá enfatizou que “não podemos ficar de braços cruzados, temos que fazer nossa cobertura com sensibilidade, com uma perspectiva de gênero, mas sem deixar de lado nossa responsabilidade de monitorar o governo e o judiciário no tratamento desse grave problema”.
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