A expansão dos assentamentos de Israel continua sendo um fator de conflito na Cisjordânia ocupada.
Esses planos, acrescentou, consolidam ainda mais a ocupação e minam o direito dos palestinos à autodeterminação e a um Estado independente.
Wennesland reiterou que todos os assentamentos são ilegais de acordo com a lei internacional e pediu às autoridades de Tel Aviv que interrompessem essas atividades e se abstivessem de “ações provocativas”.
Suas declarações rejeitaram o anúncio do Conselho Nacional de Planejamento e Construção de Israel, que deu “sinal verde” para a construção de 3.476 unidades habitacionais na área.
A autorização inclui 2.452 unidades em Maale Adumim, 694 em Efrat e 330 em Kedar, o que ignora as normas internacionais que consideram ilegais os assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Na quinta-feira, a União Europeia (UE) e o Departamento de Estado dos EUA concordaram que o projeto prejudica os esforços de paz no Oriente Médio.
“A expansão dos assentamentos é completamente inconsistente com os esforços em andamento para reduzir as tensões, o que é ainda mais importante às vésperas dos próximos feriados religiosos do Ramadã, Pessach e Páscoa”, enfatizou o representante do bloco europeu para a Política Externa e de Segurança Comum, Josep Borrell, em um comunicado.
O diplomata garantiu que a posição da UE permanece inalterada: ela não reconhecerá nenhuma mudança nas fronteiras anteriores a 1967.
Por sua vez, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, descreveu a expansão dos assentamentos como um “obstáculo” nas negociações, considerando que eles “não apenas prejudicam o povo palestino, mas também enfraquecem a segurança de Israel”.
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