No local, os pesquisadores do CEAC apresentaram os objetivos do projeto e os principais resultados previstos para os três anos de execução, bem como os resultados previstos para este ano.

Esse projeto visa contribuir para a avaliação do risco de ciguatera em Cuba por meio da aplicação conjunta de técnicas moleculares e nucleares no estudo da diversidade, distribuição e toxicidade dos dinoflagelados bentônicos tóxicos Gambierdiscus spp. e Fukuyoa spp, explicou à Prensa Latina a Dra. C. Lisbet Díaz Asencio, responsável pelo estudo.

O projeto CIGUATOX complementará a transferência de tecnologias nucleares e métodos moleculares aplicados à questão da proliferação de algas nocivas (HABs).

As capacidades técnicas e humanas construídas até o momento para a vigilância e o monitoramento de microalgas potencialmente tóxicas, em particular as envolvidas na síndrome de ciguatera, ainda não são suficientes e precisam ser fortalecidas com a introdução de ferramentas moleculares para a identificação das espécies responsáveis, disse o pesquisador assistente da ECAC.

A aplicação dessas técnicas em populações naturais é difícil de ser implementada, portanto, o estabelecimento de culturas monogálicas dos gêneros de dinoflagelados Gambierdiscus e Fukuyoa garante o estudo de populações que não são muito abundantes no ambiente natural e sua caracterização molecular e toxicológica efetiva, acrescentou.

Participam do projeto como principais beneficiários da aplicação ou introdução dos resultados a Delegação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente na província, o Centro Provincial de Higiene, Epidemiologia e Microbiologia, o Centro de Pesquisa Pesqueira e o Grupo de Algas Nocivas do Caribe.

Essas instituições se beneficiarão das informações científicas geradas sobre as espécies produtoras de ciguatoxina em Cuba, com possíveis implicações na ocorrência de casos de ciguatera.

lam/sbd