Depois de falar a um grupo de membros do Parlamento espanhol e ao ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, Lazzarini descreveu como dramáticas as mortes de crianças, mulheres e idosos na Faixa de Gaza devido aos bombardeios e ataques israelenses.
No encontro na Câmara, o funcionário sênior responsável pelos refugiados palestinos conversou com legisladores dos partidos socialistas Sumar, PNV e EH Bildu.
Ele disse que em Gaza, onde 5% da população está morta, ferida ou desaparecida, um número sem precedentes, há uma tragédia humanitária insuportável.
Além disso, enfatizou, há a fome incipiente causada pelo homem que está se desenrolando diante de nossos olhos.
Também conversamos sobre o que é necessário para permitir a entrada de ajuda em Gaza, o que eu resumiria como vontade política. Se houvesse vontade política, seríamos capazes de reverter essa tragédia na Faixa de Gaza”, enfatizou.
Lazzarini afirmou que há “motivações políticas”, incluindo “privar os refugiados palestinos de seu status de refugiados e remover a questão do futuro direito de retorno de qualquer discussão política”.
Em uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores, o governo espanhol anunciou que fará uma nova contribuição de 20 milhões de euros para a UNRWA visando apoiar seu “trabalho humanitário crucial em Gaza”.
Não podemos nos dar ao luxo de impedir que a UNRWA forneça alimentos e educação”, destacou o chanceler Albares, em um gesto que se soma à contribuição anterior de 3,5 milhões de euros, depois que 18 países (incluindo EUA, Canadá e Alemanha) suspenderam suas contribuições.
Eles fizeram isso ao aceitar como válida a acusação de Israel de que 12 membros da equipe da UNRWA na Faixa de Gaza participaram dos ataques do Hamas em 7 de outubro.
O comissário da UNRWA agradeceu à Espanha pela solidariedade com os refugiados palestinos e com a agência da ONU, não apenas do governo, mas também das comunidades autônomas.
Ele aproveitou a oportunidade para reiterar que a UNRWA está investigando as alegações de que 12 de seus funcionários “podem ter participado do terrível ataque de 7 de outubro”.
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