19 de December de 2024
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Inédito, Brasil terá mais mulheres do que homens nas Olimpíadas

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Inédito, Brasil terá mais mulheres do que homens nas Olimpíadas

Brasília, 8 mar (Prensa Latina) Primeira vez na história, a delegação brasileira será composta por mais mulheres que homens nos Jogos Olímpicos Paris-2024, destaca hoje o jornal O Globo.

Especifica que até o momento há 163 vagas garantidas, sendo 101 femininas, 47 masculinas e outras 15 sem gênero (nas corridas de cavalos competem com homens e a natação não tem definição de revezamento).

O número passou de 100 ontem com a garantia de vaga para a dupla de vôlei de praia Duda e Ana Patrícia, e Geórgia Furquim Bastos (tiro ao alvo feminino).

Segundo o jornal, Paris-2024 será a edição da igualdade de gênero, com 50% participação percentual: serão 5.250 homens e 5.250 mulheres. Até julho há possibilidades de classificação.

A vantagem feminina até o momento se deve aos esportes coletivos, já que estão garantidos times de rúgbi de sete, handebol e futebol.

Por outro lado, a seleção masculina de futebol não irá ao evento e as seleções de rugby e handebol ainda precisarão disputar torneios pré-olímpicos. Este último deveria ter mais possibilidades.

“Se acontecer, será mais um marco importante na história do esporte brasileiro. O esporte feminino de alto rendimento vem experimentando um crescimento significativo no Brasil”, comentou Mariana Mello, gerente de planejamento e desempenho esportivo do Comitê Olímpico Brasileiro. Ela especificou que, se pararmos para pensar que em 1964 Aída dos Santos foi a única mulher brasileira nos Jogos Olímpicos, a evolução é muito grande, isso foi há apenas 60 anos.

Desde 1932, quando Maria Lenk disputou as Olimpíadas de Los Angeles, a participação feminina cresceu. De Los Angeles a Montreal-1976, variou entre um atleta e 11.

Em Moscou-1980 foram 15, depois 22 (Los Angeles-1984), 35 (Seul-1988)… Em Tóquio-2020, chegou a 141 atletas (46,5% do total).

Lembre-se que, no primeiro edição da era moderna, em 1896, as atletas femininas foram proibidas de competir, como acontecia na Grécia Antiga.

“Ser maioria é maravilhoso. Mulheres treinaram tanto, trabalharam tanto para conseguir suas vagas que é uma honra para mim fazer parte desse percentual”, disse a ginasta Rebeca Andrade, que fez história em Tóquio 2020 ao conquistar duas medalhas, ouro no salto e prata no individual geral.

Agora, o carro-chefe do Brasil são as mulheres. Há mais favoritos no topo do pódio do que favoritos.

Ao lado de Andrade estão Rayssa Leal, Ana Marcela Cunha, Mayra Aguiar, Beatriz Souza, Bia Ferreira, Ana Patrícia/Duda, Martine/Kahena, entre outras.

Em Tóquio-2020, foram os principais responsáveis pelo gigante sul-americano alcançar o seu melhor resultado.

Das 21 medalhas, sete de ouro, seis de prata e oito de bronze, as mulheres ganharam nove. Quase o dobro dos cinco conquistados em casa, na Rio-2016.

mem/ocs/ls

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