Num comunicado para celebrar o Dia Internacional da Mulher, as autoridades sanitárias do enclave costeiro alertaram esta sexta-feira que cerca de cinco mil dão à luz todos os meses em condições difíceis, em consequência de bombardeamentos e deslocamentos.
Salientou que as mulheres constituem 49% da população daquela zona, a maioria delas em idade fértil, o que agrava o seu estado de saúde e psicológico em consequência dos ataques do país vizinho.
“As mulheres palestinas, especialmente na Faixa de Gaza, estão expostas à pior catástrofe humanitária devido a assassinatos, deslocamentos, prisões, abortos, epidemias e mortes por fome como resultado da agressão”, sublinhou.
O texto criticava a incapacidade da comunidade internacional em travar o genocídio a que as mulheres palestinas, os seus filhos e as suas famílias são diariamente submetidos.
O Gabinete Central de Estatística revelou ontem que nove mil mulheres foram assassinadas pelas tropas israelitas desde o início do novo ciclo de violência, em 7 de Outubro.
Explicou que dos quase dois milhões de cidadãos que abandonaram as suas casas no enclave costeiro devido aos ataques israelitas, metade são mulheres.
Alertou sobre o futuro de mais de 60 mil gestantes no território onde existe uma grave escassez de alimentos e medicamentos.
Cerca de 15% delas são suscetíveis de sofrer complicações na gravidez e no parto, que são difíceis de tratar devido à falta de cuidados médicos, sublinhou.
O número de nascimentos prematuros aumentou em um terço devido a fatores como estresse e trauma, enquanto alguns abortaram por medo, disse ele.
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