Durante a comemoração do Dia Internacional da Mulher, o chefe das Nações Unidas alertou sobre os desafios enfrentados por esse grupo populacional e disse que, no ritmo atual, mais de 340 milhões delas ainda estarão vivendo em extrema pobreza em 2030.
“As crises globais que enfrentamos estão atingindo mais duramente as mulheres e as meninas, desde a pobreza e a fome até os desastres climáticos, a guerra e o terrorismo”, reconheceu ele, pedindo a eliminação de “preconceitos arraigados” e o desmantelamento de barreiras à igualdade.
Em resposta, o principal funcionário da agência pediu o aumento do financiamento acessível para desenvolvimento sustentável, considerando a equidade como a base da Agenda 2030.
Ele também pediu a priorização da igualdade de gênero nos orçamentos de governos e organizações sociais e mais espaço em posições de liderança, o que pode ajudar a impulsionar o investimento em políticas e programas que atendam às necessidades de mulheres e meninas.
A reunião, que também contou com a participação de representantes das Nações Unidas, organizações sociais e ativistas, serviu para denunciar as graves violações contra as mulheres no Afeganistão, em Gaza e na Gâmbia.
Segundo a ONU, a igualdade de gênero está a cerca de 300 anos de ser atingida, o que constitui um freio a todos os esforços para construir um mundo melhor.
Outros dados estimam que a diferença de gênero poderia aumentar o produto interno bruto per capita em 20%, enquanto a redução da diferença de cuidados e a expansão de serviços com empregos decentes poderiam gerar quase 300 milhões de empregos até 2035.
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