Segundo a pesquisa, na qual se analisaram mais de 290.000 registros fósseis de mais de 9.200 gêneros, os pesquisadores descobriram que espécies expostas a uma maior mudança climática tinham maior probabilidade de desaparecer.
“Os animais que sofreram mudanças de temperatura de sete graus Celsius (°C) ou mais nos estágios geológicos foram significativamente mais vulneráveis à extinção”, detalha a pesquisa.
Além disso, as espécies que ocupavam extremos climáticos, como regiões polares, ou aquelas que só podiam viver em uma faixa estreita de temperaturas, especialmente abaixo de 15°C, eram mais vulneráveis à extinção.
Por outro lado, as espécies com faixas geográficas mais amplas tinham probabilidade significativamente menor de serem extintas.
De acordo com os peritos, o tamanho da área geográfica foi o indicador mais forte do risco de extinção.
Além disso, explicaram os cientistas, o tamanho do corpo influencia os fatores para o desaparecimento de algumas espécies; por exemplo, aquelas com corpos menores tinham maior probabilidade de não conseguir suportar as mudanças.
A combinação de outros fatores determinantes, como viver em pequenas áreas geográficas ou em zonas térmicas estreitas, também determina os riscos enfrentados por muitos animais.
Com essas descobertas, o primeiro autor do estudo, Cooper Malanoski, disse que sua pesquisa demonstrou que o alcance geográfico era o mais forte indicador do risco de declínio para espécies como os invertebrados marinhos.
“Mas a magnitude da mudança climática também é um fator importante como indicador de extinção, o que de fato tem implicações para a biodiversidade atual”, enfatizou.
Os cientistas pediram que pesquisas futuras levem em conta outros fatores, como a acidificação dos oceanos e a anoxia, quando a água do mar fica sem oxigênio.
rgh/cdg