Segundo a responsável do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), citada pela Europa Press, é preciso “uma mobilização maciça de recursos por parte da comunidade internacional até ao final de março, para que os parceiros humanitários possam colocar os fornecimentos e as capacidades no terreno a tempo e reduzir a escala da catástrofe humanitária iminente”, alertou a diretora-geral.
“As crianças não podem esperar que o mundo delibere se a fome está a chegar ao Sudão. Precisam de ajuda urgente agora”, sublinha.
Os combates entre o exército e as Forças de Apoio Rápido paramilitares, associados ao reavivar dos tradicionais combates intercomunitários, conduziram, entre outras crises, à maior vaga de deslocação de crianças do mundo, com centenas de milhares de crianças subnutridas particularmente vulneráveis a surtos de cólera, sarampo e malária.
A Unicef recorda que, em janeiro deste ano, uma avaliação efetuada pelos Médicos Sem Fronteiras no campo de Zamzam, no Norte do Darfur, revelou que a subnutrição e a mortalidade estavam acima dos níveis de emergência.
Outras avaliações efetuadas pela Unicef em fevereiro de 2024 nos Estados do Darfur Central e de Gezira refletem igualmente níveis alarmantes de desnutrição aguda.
O Ministério da Saúde no Estado do Darfur Ocidental também registou a morte de 14 crianças devido à desnutrição no mês passado.
Em 2023, a Unicef registou ainda um número recorde de crianças que necessitavam de tratamento vital para a desnutrição aguda grave, a forma mais mortal de desnutrição, em áreas onde a organização e os seus parceiros tinham acesso.
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