“Até o momento, os suprimentos para os países da União Europeia (UE) permaneceram estáveis, apesar do debate em andamento no bloco sobre a limitação das compras de gás liquefeito da Rússia”, disse a declaração da Kpler, de acordo com o jornal Vedomosti na segunda-feira.
No ano passado, os países da UE aumentaram as compras de gás no mercado mundial para substituir os volumes perdidos de suprimentos de gasodutos da Rússia. No entanto, nenhuma sanção direta foi imposta aos suprimentos de combustível dos gasodutos russos.
Enquanto isso, no início de março, o ministro da Transição Ecológica da Espanha, um dos maiores consumidores de gás da Europa, disse que Bruxelas deveria endurecer sua posição em relação ao fornecimento de gás russo.
Essa seria uma iniciativa que limitaria as solicitações preliminares de capacidade dos terminais de gás natural liquefeito para fornecimento da Rússia. Espera-se que a proposta seja analisada no Parlamento Europeu em abril.
“Apesar dos planos da UE de limitar as importações de gás russo, ainda não vemos essa tendência”, disse o especialista independente Aleksandr Sobkó.
“Os importadores não planejam antecipadamente parar de comprar da Rússia e não a substituirão gradualmente por outros suprimentos, o que sugere que, no mínimo, eles não estão interessados em tal substituição e, no máximo, tentarão preservar as importações russas pelo maior tempo possível”, argumentou.
Sobko observa, no entanto, que algumas decisões sobre possíveis restrições às importações de gás russo podem ser tomadas em abril. Entretanto, durante os meses de verão, as empresas de gás russas tradicionalmente enviam a maior parte de seu combustível para a Ásia por meio da Rota do Mar do Norte.
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