Os sinais desse fenômeno são cada vez mais evidentes e não podem ser ignorados, por mais que muitos queiram negá-los ou escondê-los, disse o presidente no evento.
A Guatemala encontra-se ameaçada por essa situação global, enquanto os desastres naturais sempre têm um impacto sobre a população mais necessitada, disse o chefe de Estado.
Ele deu o exemplo da enchente de 1949, a qual causou a morte de aproximadamente 40.000 pessoas, e o terremoto de 1976, que causou cerca de 23.000 mortes, aos quais ele acrescentou os danos físicos à infraestrutura.
Arévalo considerou que o impacto da mudança climática ameaça a vida e o bem-estar de indivíduos e famílias, e é sensível em termos de saúde, emprego, acesso a recursos, moradia, migração e esferas sociais.
“Todos esses fatores podem atrasar significativamente o desenvolvimento e aumentar pobreza”, disse ele em seus comentários sobre a promoção da iniciativa apoiada pela ONU.
Além disso, eles aumentam as lacunas sociais e sempre afetam, em primeiro lugar, os mais necessitados em nossa sociedade, disse o político de 65 anos.
Nosso governo não se limitará a responder da melhor forma possível sempre que as crises atingirem nossas comunidades, disse ele.
Estamos comprometidos, antes de tudo, com a prevenção e a preparação, antecipando desafios, tomando medidas proativas para proteger nossas populações e territórios, observou o presidente guatemalteco.
Arévalo disse que, por esse motivo, nomeou uma equipe especial para fortalecer a prevenção, a preparação e a mitigação de desastres.
Além disso, estamos tomando medidas para criar resiliência e, assim, abandonar a ideia de ações pós-desastre, enfatizou.
Os desastres climáticos não podem ser contidos, mas podemos nos preparar para evitar os danos que eles causam, disse ele. Ele agradeceu às agências das Nações Unidas no país por seu apoio na contribuição para uma resposta mais eficaz aos desafios a serem enfrentados e para proteger a população.
A iniciativa de alerta antecipado aproveita as metodologias de ponta para melhorar as estratégias de preparação e resposta a desastres.
O Coordenador Nacional para Redução de Desastres, responsável pelo mecanismo, insistiu que a prevenção é uma cultura.
O apelo é para que entendamos que temos que mudar nossa atitude em relação ao risco”, disse Andrés Erazo, diretor de comunicações da organização.
ro/znc