Esses são alguns dos resultados de uma pesquisa da empresa Cifra sobre a atitude da população frente ao plebiscito sobre a reforma previdenciária apresentado pela confederação sindical PIT-CNT, que está recolhendo assinaturas para apresentar ao Tribunal Eleitoral.
O PIT-CNT pretende eliminar as empresas que gerem as caixas de aposentadorias e pensões, as AFAPs.
Pretende também fixar a idade da reforma nos 60 anos (a reforma do governo aumentou-a para 65 anos) e ter uma idade mínima de reforma igual ao salário mínimo nacional.
O que fariam os eleitores se em outubro, juntamente com as eleições nacionais, pudessem optar por votar a favor da revogação da reforma das pensões?” foi a pergunta que orientou o inquérito.
Perante o dilema, 36 porcento dos inquiridos afirmaram ser a favor da revogação, enquanto igual percentagem se manifestou contra.
Entretanto, 28% não sabiam se votariam a favor ou não.
As opiniões variam entre os apoiantes da coligação governamental e da Frente Ampla (FA), na oposição.
Entre os frenteamplistas, a maioria (53 porcento) está disposta a votar a favor da revogação, e 20 porcento disseram que não votariam. Vinte e sete porcento disseram não ter uma posição definida se o plebiscito for aprovado.
Do lado do governo, no Partido Nacional, apenas 16 porcento votariam pela eliminação da reforma, e 58 porcento prefeririam mantê-la. Entre os chamados brancos, 16% estão indecisos.
Entre os eleitores de outros partidos que fazem parte da coligação governamental, a maioria votaria não no plebiscito, embora 16% estejam indecisos.
O PIT-CNT deve entregar cerca de 270.000 assinaturas antes de abril para que o Tribunal Eleitoral se pronuncie sobre o plebiscito, que se realizará a 27 de outubro, dia das eleições nacionais para a eleição de senadores, deputados e presidentes.
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