A mídia dominicana destacou na quinta-feira o último comunicado da organização no Haiti, onde está trabalhando para “garantir o movimento de seu pessoal”.
De acordo com a missão, parte da equipe seria temporariamente realocada “fora” do país, enquanto “outro pessoal para situações de crise” estava previsto para chegar.
O chefe da agência de alimentos da ONU no país vizinho, Jean-Martin Bauer, disse no início desta semana que quatro milhões de pessoas enfrentam “insegurança alimentar aguda” no Haiti, e um milhão está à beira da fome.
Bauer disse em uma coletiva de imprensa virtual citada pela mídia haitiana que o recente aumento da violência das gangues piorou uma situação já terrível e deslocou mais 15.000 pessoas em Porto Príncipe somente durante o primeiro fim de semana de março.
Com uma população de cerca de 11 milhões de habitantes, o número total de pessoas deslocadas ultrapassa 360.000, metade das quais são crianças, de acordo com a ONU.
As observações de Bauer ocorrem em um momento em que se trabalha para formar um conselho presidencial de transição para substituir o governo do primeiro-ministro Ariel Henry.
A República Dominicana, que compartilha a ilha de Hispaniola com o Haiti, está acompanhando de perto a crise política e social em Porto Príncipe, onde gangues armadas tomaram a principal prisão do país há uma semana e mais de 3.000 detentos fugiram.
Esse país caribenho reforçou toda a área de fronteira com pessoal e equipamentos; na semana passada, o governo do presidente Luis Abinader proibiu a entrada de Henry porque o avião em que ele estava viajando dos Estados Unidos não tinha um horário de voo.
Anteriormente, ele havia tentado entrar em seu país sem sucesso, de modo que a aeronave aterrissou em Porto Rico, onde ele se encontra atualmente.
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