O portal de notícias Al Quds destacou que esta situação, causada pelos contínuos bombardeamentos israelitas desde 7 de outubro, provocou a propagação de doenças.
Nas vielas do campo de refugiados de Jabalia, o esgoto vaza para as casas dos cidadãos e para os centros de abrigo, disse ele.
No início deste ano, a Autoridade Palestina para a Qualidade Ambiental revelou que 66% da população da Faixa sofre com a propagação de doenças transmitidas por água contaminada, incluindo cólera e diarreia crônica.
Numa entrevista à agência de notícias Anadolu, o presidente da Câmara de Jabalia, Mazen Al-Najjar, alegou que os militares israelitas destruíram mais de 70% dos poços.
A água que os moradores extraem com métodos primitivos está contaminada, confirmou.
À falta de líquido vital soma-se a fome, devido à escassez de alimentos e nutrientes em consequência do cerco e da guerra, sublinhou.
Desde o início do conflito não conseguimos obter abastecimento de gasóleo, o que aumentou a complexidade da prestação do serviço devido aos cortes de energia, notou.
No início deste mês, o Gabinete Central de Estatísticas (PCBS) e a Autoridade de Qualidade Ambiental alertaram que 75% dos palestinianos no norte de Gaza bebem água contaminada.
Explicaram que a população de Gaza mal consome de um a três litros do líquido por dia.
Especificaram que 65 bombas de águas residuais pararam de funcionar devido ao bloqueio israelense à entrada de combustível na região, bem como seis estações e sistemas de tratamento.
A decisão provocou o lançamento de cerca de 130 mil metros cúbicos de águas residuais não tratadas por dia no Mar Mediterrâneo.
No início de Outubro do ano passado, dias antes da agressão israelita, o PCBS informou que apenas 40% da população palestina tinha acesso à água gerida de forma segura e livre de contaminação.
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