Em declarações exclusivas à Prensa Latina, a jornalista espanhola Ana Hurtado destacou a importância de realizar este encontro em Havana em um cenário mundial convulsivo de guerra econômica e marcado pelo genocídio na Palestina.
Ela também destacou a utilidade da análise particular desta edição sobre novas tecnologias e inteligência artificial (IA), porque a mídia de esquerda deve fazer uso efetivo dessas ferramentas para dizer a verdade e saber como transmiti-la adequadamente.
Patria é um encontro entre comunicadores da América Latina e do mundo para que estejamos unidos, criando uma esquerda sem desunião e sabendo que, apesar de nossas diferenças, temos que lutar juntos contra o imperialismo e o capitalismo, enfatizou Hurtado.
Por sua vez, o influenciador argentino Bruno Lonatti mencionou o quanto cada participante ou especialista em comunicação digital e ciência de dados pode contribuir, visando desenvolver um debate muito enriquecedor para a mídia alternativa.
Ele também destacou que esse encontro permite o diálogo sobre como gerar comunidade em um mundo individualista. Ele acrescentou que os presentes estavam comprometidos com a defesa de causas justas, como a denúncia do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba e a guerra israelense contra Gaza.
Nesse sentido, o assessor da rede pan-árabe Al Mayadeen e especialista em América Latina, Wafica Ibrahim, destacou a posição histórica de Cuba em apoio à nação levantina e, em particular, suas ações para condenar a guerra em curso com manifestações populares, lideradas pelo presidente Miguel Díaz-Canel.
Ele disse que o canal, com sede no Líbano, também está participando deste evento para defender Cuba, porque em um dos momentos mais difíceis do bloqueio dos EUA, o inimigo está aproveitando essas dificuldades para tentar – através das redes sociais ou da mídia – impor seus planos de interferência.
Ele pediu a todos os povos amigos que apoiem Cuba, porque a nação caribenha tem levantado sua voz em solidariedade aos povos oprimidos há 65 anos.
Prensa Latina também conversou com Luis De Jesús, correspondente em Havana do jornal porto-riquenho La Claridad, que reiterou a relevância de jornalistas e comunicadores de vários países discutirem alternativas de comunicação, em um cenário manchado pelo sangue dos palestinos e onde o Ocidente tenta silenciar a voz do Sul e das nações em resistência.
O Colóquio Pátria tem a oportunidade de funcionar como uma plataforma de intercâmbio e de união dessas vozes, que a partir do movimento progressista tentam servir de contraponto à mídia hegemônica.
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