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Ex-presidente Lasso se recusa a responder por caso de corrupção

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Ex-presidente Lasso se recusa a responder por caso de corrupção

Quito, 18 mar (Prensa Latina) O ex-presidente do Equador, Guillermo Lasso, negou-se nesta segunda-feira a prestar contas ao Ministério Público pelo chamado caso Metástase, um suposto esquema de corrupção que envolve políticos e juízes do país andino.

Por meio de sua rede social X, o ex-presidente explicou que ficou sabendo da notificação da instituição judicial pela mídia e que está nos Estados Unidos desde 9 de março, como professor convidado do programa Senior Leadership Fellow da Florida International University.

Ele confirmou que não recebeu nenhuma notificação até o momento. No entanto, também informei ao Ministério Público que estou fora do país por motivos acadêmicos, que retornarei em 25 de março e que, embora não tenha informações relevantes sobre o assunto, ainda estou disposto a colaborar”, disse Lasso.

De acordo com a Promotoria, Lasso também foi convocado junto com o ex-secretário jurídico da Presidência, Fabián Pozo, o ex-secretário de Inteligência e do Sistema Nacional de Atenção às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI), Fausto Cobo, e o ex-ministro do Interior, Patricio Carrillo.

Todos eles faziam parte da Comissão para a Pacificação das Prisões, formada durante o período de Lasso.

O caso Metastasis veio à tona no final de dezembro de 2023 com uma operação na qual quase 40 pessoas foram presas, entre elas o então presidente do Conselho Judiciário Wilmar Terán, que atualmente encontra-se em prisão provisória.

Essa pesquisa foi o resultado da análise das comunicações telefônicas do narcotraficante Leonardo Norero (El Patrón), que foi assassinado na prisão em 2022.

Entre os novos acusados no caso está Marcel Adrián L., apelidado de El Joyero, que o Ministério Público identifica como o “operador financeiro da liderança criminosa” de Norero e encarregado de substituir relógios de alta qualidade e barras de ouro por réplicas.

Segundo as autoridades, Norero era encarregado de financiar e patrocinar gangues criminosas como Los Lobos, Los Tiguerones e Chone Killers a partir da prisão.

A investigação do Metástasis levou ao caso Purga, no qual uma dúzia de pessoas é atualmente acusada de outro suposto esquema de corrupção judicial dentro do Tribunal de Justiça de Guayas, que proferiu decisões a favor do narcotraficante José Adolfo Macías (Fito), líder do Los Choneros e atualmente foragido.

npg/nta

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