Tajani destacou em suas declarações à mídia de notícias que tal ação, recentemente mencionada como uma possibilidade pelo presidente francês Emmanuel Macron, “significaria incendiar o mundo” e esclareceu que “não estamos em guerra com a Rússia, estamos defendendo a Ucrânia, o que é algo completamente diferente”.
O ministro das Relações Exteriores da Itália destacou que é a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que decide” e enfatizou que “na OTAN ninguém pode decidir sozinho”, acrescentando que, na opinião de seu país, “devemos deixar a diplomacia prevalecer. Precisamos nos sentar em torno de uma mesa, discutir e chegar a um acordo”.
O ministro afirmou que a Ucrânia é candidata a entrar para a OTAN, “mas não a curto prazo”, acrescentando que “essa entrada obviamente não pode ocorrer enquanto a guerra estiver em andamento”.
Em relação à recente declaração do Papa Francisco de que “quando você vê que está derrotado, que as coisas não estão indo bem, você tem que ter a coragem de negociar”, ele considerou que o Pontífice quis dizer “chega, sentem-se à mesa, façam a paz” e opinou que “ele é um líder religioso e não poderia dizer nada diferente”.
Sobre a guerra israelense-palestina, na qual os ataques de Tel Aviv à Faixa de Gaza já mataram mais de 31.000 pessoas, ele disse que, em sua reação, os israelenses foram “além”, porque “precisamos respeitar a população civil”.
“Uma trégua seria desejável, talvez administrada pelas Nações Unidas, enquanto se aguarda o estabelecimento de um governo palestino”, disse ele, acrescentando que “se uma força de paz da ONU interviesse naquele território, a Itália estaria pronta para enviar seu exército. Um papel pacífico, como o que nossos soldados estão desempenhando no Líbano”.
mem/ort/bm