Em sua mensagem por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, Guterres assegurou que esse flagelo tem resultados devastadores como o roubo de oportunidades, a negação da dignidade, a violação de direitos, bem como vidas ceifadas e destruídas.
A data internacional, que este ano se concentra nas pessoas de ascendência africana, procura promover o reconhecimento, a justiça e o desenvolvimento.
De acordo com o chefe da ONU, esse grupo enfrenta uma história única de racismo sistêmico e institucionalizado e desafios profundos.
“Devemos responder a essa realidade: aprender com a incansável defesa das pessoas de ascendência africana e construir sobre ela”, disse ele.
O secretário-geral pediu políticas e outras medidas para eliminar o racismo contra pessoas de ascendência africana, bem como para abordar urgentemente o preconceito racial na inteligência artificial.
“Neste dia, vamos nos comprometer a trabalhar juntos para construir um mundo de dignidade, justiça e igualdade de oportunidades para todas as comunidades, em todos os lugares”, pediu ele.
O dia internacional coincide com o assassinato de 69 pessoas pela polícia em uma manifestação pacífica contra a lei do apartheid em Sharpeville, na África do Sul, em 1960.
Ao proclamar esse Dia Mundial, a Assembleia Geral instou a comunidade a redobrar seus esforços para eliminar todas as formas de discriminação racial.
A ONU reconhece o impacto da discriminação racial e o legado da escravidão e do colonialismo sobre a vida e as oportunidades dos afrodescendentes, que impedem bilhões de pessoas de usufruir plenamente de seus direitos humanos e liberdades.
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