“Eu gostaria muito que ele (Netanyahu) viesse e discursasse em uma sessão conjunta do Congresso. Certamente faremos esse convite”, disse Johnson em conversa com a CNBC.
Johnson disse que Netanyahu já o convidou para discursar no Knesset e que “eles só precisam chegar a um acordo sobre a programação”.
Em uma fala na semana passada, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, criticou Netanyahu e pediu novas eleições em Israel.
Para Johnson, “sugerir (isso) ao nosso aliado mais forte no Oriente Médio (…) é claramente absurdo”.
Netanyahu falou pela última vez em uma sessão conjunta do Congresso em 2015, quando ambas as casas foram controladas pelos republicanos, e usou a fala contra o então governo Barack Obama sobre suas negociações com aliados dos EUA e o Irã em um acordo nuclear.
O primeiro-ministro israelense recusa um cessar-fogo em Gaza – conforme exigido pela comunidade internacional – e sua alegação é que ele “terminará o trabalho” contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) no enclave costeiro.
A guerra declarada por Israel contra o grupo armado há mais de cinco meses deixou mais de 31.700 pessoas mortas e cerca de 73.800 feridas, de acordo com fontes de saúde palestinas.
Uma delegação de Tel Aviv viajará para a capital na próxima semana para se reunir na Casa Branca, depois que o presidente Joe Biden fez o convite após uma conversa telefônica com Netanyahu.
Biden criticou publicamente seu aliado do Oriente Médio pela ofensiva terrestre planejada por Israel em Rafah, uma cidade no sudoeste de Gaza ao longo da fronteira com o Egito, mas foi visto por muitos como cúmplice.
Na quinta-feira, os meios de comunicação informaram sobre um projeto de resolução divulgado pelos Estados Unidos que poderia ser apresentado ao Conselho de Segurança da ONU para exigir um cessar-fogo em Gaza.
Depois de vetar três propostas com essa exigência desde o início do conflito, em 7 de outubro, os Estados Unidos, que detêm um dos cinco assentos no Conselho de Segurança, estão buscando a suspensão das hostilidades em troca da libertação das pessoas detidas pelo Hamas.
A onda de protestos no país nos últimos meses exigiu que Biden se manifestasse a favor de um cessar-fogo em Gaza. Muitos aqui alertam que, se o conflito continuar a se espalhar, isso poderá afetar o Democrata nas eleições de 5 de novembro.
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