Desde 11 de março, o evento reuniu centenas de delegados na sede da ONU, em Nova Iorque, num ano considerado decisivo para os 2,6 bilhões de pessoas que irão às urnas votar.
Face às mudanças nos acontecimentos, a 68ª edição da reunião defendeu a exigência de um maior investimento na igualdade e no empoderamento, combatendo a pobreza e fortalecendo
instituições e financiamento com uma perspectiva de gênero.
Segundo a organização, a humanidade encontra-se numa encruzilhada neste caminho, uma vez que em todo o mundo 10,3% das mulheres vivem em extrema pobreza e são mais pobres que os homens.
O progresso para acabar com este flagelo deve ser 26 vezes mais rápido para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos para 2030, alerta a ONU.
Dados de 48 economias em desenvolvimento mostram que são necessários 360 bilhões de dólares adicionais por ano para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres em todos os principais objetivos globais, incluindo a erradicação da pobreza e da fome.
Entre outras soluções para acabar com a pobreza das mulheres, a agência apela ao investimento em políticas e programas que abordem as desigualdades de gênero e impulsionem a agência e a liderança das mulheres.
Estes investimentos produzem enormes dividendos, entre eles, poderiam tirar mais de 100 milhões de mulheres da pobreza se os governos priorizassem a educação e o planeamento familiar, salários justos e iguais e alargassem os benefícios sociais.
Ao mesmo tempo, quase 300 milhões de empregos poderão ser criados até 2035 através de investimentos em serviços de cuidados.
De acordo com a ONU, acabar com as disparidades de gênero no emprego também poderia aumentar o Produto Interno Bruto per capita em 20% em todas as regiões.
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