Entre os participantes estarão membros da Confederação Geral do Trabalho, a Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA), a CTA Autônoma, as Avós e Mães da Praça de Maio, o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel e outras personalidades e organizações.
Conforme planejado, milhares de pessoas chegarão à Plaza de Mayo da capital, 48 anos após o golpe de Estado contra a ex-presidente María Estela Martínez, que deu início à última ditadura civil-militar do país (1976-1983).
Além de lembrar os 30.000 cidadãos detidos, torturados, assassinados e desaparecidos à força durante esse período, os participantes da manifestação exigirão a continuação dos processos judiciais contra os responsáveis pelos crimes contra a humanidade perpetrados durante esses anos.
De acordo com o secretário-geral do CTA-A, Hugo Godoy, nessa ocasião a marcha assumirá um caráter “histórico e trágico”, pois será necessário denunciar as políticas de ajuste e o negacionismo do governo de Javier Milei.
Milei perdeu sua legitimidade porque quer governar por decreto, aplicando as mesmas políticas econômicas e repressivas da ditadura genocida, disse ele.
Além disso, a manifestação ocorrerá depois de inúmeros protestos de grupos sindicais e sociais contra as medidas do governo, o fechamento da agência de notícias Télam e o ataque a um membro da Hijos, uma organização que reúne parentes das vítimas do regime militar e lutadores pelo julgamento dos responsáveis pelos graves crimes daquele período.
“Nessas circunstâncias históricas, além de um ato de resistência e denúncia, temos a possibilidade de lançar as bases para uma democracia mais plena”, disse Godoy.
Por sua vez, Pérez Esquivel pediu o fortalecimento da unidade e da rebelião, bem como a preservação da memória.
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