Fontes oficiais informaram que após o abraço de boas-vindas, os dois líderes percorrerão a Baía do Guajará, na Amazônia, de barco.
Os temas em debate serão as alterações climáticas, a proteção das florestas, com destaque para o chamado pulmão do planeta.
Acontece que o governo brasileiro está preparando uma cerimônia para o visitante na capital amazônica, onde ele terá encontros com líderes comunitários, um empresário de cacau sustentável e indígenas de diversas tribos. Você receberá um “almoço amazônico”.
Macron também premiará o cacique Raoni, de 92 anos, com a Legião de Honra, a mais alta distinção francesa, por ser uma “figura internacional na luta pela preservação da floresta amazônica e da cultura dos povos indígenas”.
A chancelaria informou que o presidente francês visitará as cidades durante sua estadia, além de Belém, Itaguaí (Rio de Janeiro) e Brasília acompanhado de Lula, enquanto em São Paulo participará de uma reunião de negócios.
Entre os compromissos previstos, Macron deve discutir com o fundador do Partido dos Trabalhadores questões como o acordo entre o Mercado Comum do Sul e a União Europeia, e o conflito entre Israel e a ala militar do movimento Hamas, bem como aquele entre Rússia e Ucrânia.
A visita de Macron a Belém tem um significado simbólico, uma vez que a cidade acolherá a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30) em 2025.
Em Itaguaí a agenda inclui o lançamento de um submarino, chamado Toneleiro. O procedimento de imersão dura cerca de 30 minutos e faz parte da cooperação Brasil-França.
Já em São Paulo, o francês cumprirá agendas relacionadas à cooperação esportiva, cultural, científica e tecnológica, participará do V Fórum Econômico Brasil-França e de evento com a comunidade francesa.
Por sua vez, em Brasília, Macron será recebido no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, onde se reunirá com Lula e assinará acordos. Também no Palácio do Itamaraty (Chancelaria) almoçarão e depois visitarão o Congresso Nacional, onde se reunirão com o chefe do Senado, Rodrigo Pacheco, e o chefe da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, Lula e Macron deverão assinar cerca de 15 textos, que envolvem acordos de cooperação e intercâmbio.
Dados oficiais indicam que o comércio bilateral entre os dois países foi de US$ 8,4 bilhões em 2023. As exportações brasileiras totalizaram US$ 2,9 bilhões e as importações US$ 5,5 bilhões.
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