Sobre o tema, o Ministro de Estado do Planejamento Urbano e Infraestrutura da Etiópia, Wondimu Seta, enfatizou os esforços do país para garantir a construção de um futuro mais resiliente e sustentável, como a formulação de um quadro jurídico que também leve em conta os impactos das mudanças climáticas.
Seta destacou as inúmeras construções em curso que servem de base para futuras transformações sociais e económicas e que devem responder às necessidades atuais de desenvolvimento, garantindo ao mesmo tempo a sustentabilidade a longo prazo.
Ao se referir às ações em favor do meio ambiente, lembrou a Iniciativa Legado Verde implementada desde 2019 na Etiópia, por meio da qual foram plantadas milhões de mudas de árvores para combater o desmatamento.
No entanto, reconheceu, é necessário formular uma política que proteja a atmosfera e garanta a sustentabilidade em termos de infraestruturas. Sobre este aspecto, revelou que estão a rever a política de construção anterior porque não inclui sustentabilidade e adaptações ao clima.
“Portanto, as decisões que tomarmos aqui na conferência terão implicações de longo alcance para as gerações vindouras e moldarão a paisagem futura da nossa nação e do nosso planeta”, disse ele.
Por sua vez, a diretora do escritório multinacional do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (Unops), Worknesh Mekonnen, declarou que a iniciativa da conferência é oportuna para a Etiópia como um país imerso em uma jornada ambiciosa para alcançar o status de renda média até 2030.
Mekonnen destacou projetos que vão desde a Grande Barragem da Renascença Etíope até à melhoria do acesso à infraestrutura social básica.
“Acredito firmemente que a experiência vivida no país até agora nos proporcionou amplas oportunidades para refletir e fazer um balanço das conquistas e desafios para contribuir nas áreas de melhoria e implementação de políticas”, considerou.
Ao longo dos últimos meses, o Unops tem trabalhado diligentemente para reunir as principais partes interessadas, os conhecimentos especializados do país e a diáspora nas diversas áreas de desenvolvimento do setor.
Os esforços em matéria de infraestruturas nos países de rendimento médio centram-se tanto no apoio à gestão de projetos na construção de estruturas sustentáveis e resistentes às alterações climáticas como na prestação de assistência técnica aos governos que as implementam em grande escala.
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