O texto, elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e as ONGs Education Cluster e Save The Children, registrou ataques diretos a 212 escolas no enclave desde o início das hostilidades em 7 de outubro.
Imagens de satélite divulgadas com o relatório alertam que pelo menos 53 escolas ficaram totalmente destruídas e mostram um aumento de quase 9% nos ataques a instalações escolares desde meados de fevereiro.
Os ataques pioram a já terrível situação humanitária em Gaza, em meio ao intenso bombardeio israelense por ar, terra e mar em grande parte da Faixa de Gaza, reconhece ainda o relatório.
Mais da metade dos prédios escolares administrados pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) também foi alvo da ofensiva, juntamente com prédios governamentais atingidos por bombardeios ou durante operações terrestres das Forças de Defesa de Tel Aviv.
“Não há educação em Gaza há quase seis meses”, alertou a Agência, considerada o principal agente humanitário no local, após a publicação,
Segundo o relatório, 165 das instalações escolares atacadas em Gaza encontravam-se em áreas designadas para evacuação pelo exército israelense.
Assim como o influxo de ajuda humanitária, o principal impacto ocorreu no norte, com 94 escolas na província de Gaza e 42 no norte de Gaza.
Outras 62 escolas foram diretamente atingidas na província de Khan Younis, no sul, e 14 na zona intermediária.
A ONU estima que mais de 625.000 alunos e 22.000 professores estavam frequentando as escolas antes de 7 de outubro.
Entretanto, o resultado da ofensiva sugere que, após o conflito, pelo menos 67% das escolas de Gaza precisarão de reconstrução completa ou de grandes obras de reabilitação para voltarem a funcionar.
ro/ebr