Isso foi relatado na edição de hoje do jornal El Observador, que lembra que uma lei que pôs fim aos nomes religiosos em feriados como a Semana do Turismo está em vigor há 105 anos.
Em duas décadas, a porcentagem de uruguaios que se definem como cristãos caiu pela metade, enquanto o número de ateus, agnósticos ou aqueles que não têm religião alguma dobrou. Isso é confirmado pela série de pesquisas do Latinobarómetro, diz a publicação.
Menciona entre as possíveis causas o progresso na igualdade das mulheres, a falta de atitude da Igreja em relação aos casos de pedofilia e o nascimento de “novas autoridades religiosas”.
“Nos estudos que temos observado, especialmente em Montevidéu, que cada pessoa é sua própria autoridade religiosa. Isso não significa que todo mundo faz o que quer, mas que as tradições ainda são relevantes, mas estão misturadas com novos estilos de vida”, disse o jesuíta Gustavo Moranello, que tem doutorado em ciências sociais.
A verdade é que no Uruguai, que no início do século XX separou a religião do Estado, o processo de declínio do cristianismo começou mais cedo e parece mais acentuado.
De acordo com o Latinobarómetro, é o país menos religioso da América Latina, diz El Observador.
A última Pesquisa de Gênero e Gerações mostra que no Uruguai a religião é dividida por zonas.
Na fronteira com o Brasil, um quinto dos adultos se considera protestante (quase todos evangélicos pentecostais).
Em Montevidéu e na costa sudeste, por outro lado, os ateus, agnósticos e crentes fora das instituições religiosas ultrapassam a metade da população.
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