A modificação da Carta Magna foi aprovada por maioria no parlamento federal após uma longa sessão na véspera e será seguida de três projetos sobre religião propostos pela Comissão Independente de Revisão e Implementação Constitucional (Ciric), anunciou o presidente daquele corpo, Hussein Idow.
A alteração relativa à nomeação do primeiro-ministro destaca a eliminação do requisito do voto de confiança parlamentar, que proporciona maior flexibilidade à governação e elimina tensões sobre a distribuição de autoridade e recursos entre clãs e regiões, segundo os seus patrocinadores.
Os projetos estão nas mãos dos legisladores há uma década, mas permaneceram paralisados devido à turbulência política devido à ação dos movimentos islâmicos, particularmente do Al Shabab (A Juventude, em árabe) neste país da África Oriental.
As alterações constitucionais travam o limite de cinco anos para os órgãos governamentais, incluindo presidentes estaduais e regionais, e promovem o sistema multipartidário, no entanto, encontram oposição de figuras políticas e líderes estaduais com base na falta de consenso.
Outras modificações, como a idade de maturidade para as mulheres e a proibição da mutilação genital feminina, ainda permanecem nas mesas dos legisladores devido à falta de acordo que permita que sejam inscritas no texto fundamental do país.
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