O valor ultrapassa os 2,84% previstos no Orçamento do Estado para o ano e baseia-se num aumento das contribuições provenientes da produção de bens no setor não petrolífero.
A comissão estimou ainda que no caso dos hidrocarbonetos (petróleo e gás), principal item exportável do país, a contração será maior do que a prevista durante o planeamento orçamental.
Nesse sentido, apontaram que vai contrair 3,22%, em vez de 2,47.
O setor dos hidrocarbonetos constitui 96% das exportações do país, cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e cerca de 60% do rendimento do Estado.
No entanto, a produção caiu de pouco mais de 1,3 milhões de barris de petróleo bruto por dia em 2019 para 1,09 milhões em 2023.
É por isso que a aspiração ao crescimento econômico nacional assenta no desenvolvimento de outras áreas e o PIB destes ramos deverá crescer cerca de 4,6% em média anual, para compensar a contração do setor petrolífero.
As projeções da Comissão, embora mais encorajadoras do que as feitas para o cálculo orçamental, ainda estão abaixo das necessidades e do Plano Nacional de Desenvolvimento até 2027.
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