Segundo um comunicado do Ministério da Segurança do Estado do gigante asiático, os dois países aproveitaram esta desculpa para impor sanções unilaterais e irracionais contra Beijing.
“Esta ação é considerada uma clara tentativa de difamar e politizar a questão da cibersegurança, causando graves danos aos legítimos interesses da China”, refere o texto publicado na conta da rede social Wechat.
Beijing garantiu que os Estados Unidos são a principal fonte de ataques cibernéticos e a maior ameaça à segurança do ciberespaço global.
Segundo o comunicado, aquele país há muito que utiliza as suas vantagens tecnológicas e recursos de rede, incluindo a aliança “Cinco Olhos”, para realizar vigilância em massa e roubar segredos de terceiros em todo o mundo, incluindo os seus aliados.
“Os ataques cibernéticos e as atividades de vigilância encoberta lideradas pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido são caracterizados por uma clara divisão de tarefas, uma ecologia técnica completa e uma estrutura organizacional rigorosa”, observa o texto.
O Ministério da Segurança do Estado mencionou programas como “Planos Prisma” e “Planos Upstream” para recolha de dados, bem como “Operações Olímpicas” destinadas a invadir infra-estruturas.
A declaração também acusou as duas nações de conduzirem operações militares frequentes no ciberespaço e de promoverem estratégias como “ataque preventivo” e “dissuasão cibernética”.
“Só no primeiro trimestre deste ano, mais de dois mil ataques cibernéticos foram realizados a partir dos Estados Unidos e das suas bases militares no estrangeiro contra a China e outros países, que incluíram várias instituições e empresas chinesas em áreas-chave como inteligência artificial, produção de chips e energia limpa”, acrescentou.
A China considerou que a segurança cibernética é um desafio comum que todas as nações enfrentam e defendeu a utilização pacífica do ciberespaço.
Da mesma forma, opôs-se à politização das questões de cibersegurança, comprometeu-se a combater todas as formas de ataques na Web e a responder ativamente às ameaças à segurança a este respeito.
Os Estados Unidos anunciaram recentemente sanções contra uma empresa chinesa e dois cidadãos desta nação, acusando-os de operações cibernéticas maliciosas contra a infra-estrutura crítica de Washington, apoiadas pelo governo chinês.
O Reino Unido também acusou a China de realizar ataques cibernéticos contra os seus representantes eleitos e comissões eleitorais.
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