“Pessoas como Thomas Bach mancham a imagem do esporte mundial, descredibilizam o movimento olímpico”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, numa aparição à imprensa.
Anteriormente, Bach, numa conversa com humoristas russos Vovan e Lexus que se faziam passar por políticos africanos, admitiu que o COI tinha pedido aos ucranianos que seguissem declarações “patrióticas” especificamente de atletas russos na Internet, para impedir a sua participação nos próximos Jogos Olímpicos de Paris.
O presidente do COI disse ainda que houve uma comissão especial que acompanhou estas declarações “patrióticas”. Zajárova sublinhou que a Rússia está comprometida com a cooperação esportiva em igualdade de condições com todos os países do mundo com o “verdadeiro Olimpismo” e não com o “Olimpismo de Bach”, bem como com competições honestas e sem politização de qualquer tipo.
O bloqueio ocidental, Zajárova denunciou, politizou o esporte e colocou num pedestal a segregação e classificação das pessoas por nacionalidade.
Em 28 de fevereiro de 2022, quatro dias depois da Rússia ter lançado uma operação militar especial para impedir os bombardeamentos ucranianos contra civis em Donetsk e Lugansk, Bach recomendou que as organizações desportivas internacionais proibissem atletas russos, bem como bielorrussos, de participarem em competições.
Em dezembro de 2023, o COI decidiu permitir que atletas russos participassem dos Jogos Olímpicos de Paris com limitações específicas, sem bandeira ou hino, e não apareceriam no quadro de medalhas, condições que, na Rússia, potência esportiva, foi descrita como discriminação inaceitável.
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