A mensagem chega às vésperas do Dia Mundial da Saúde, a ser celebrado em 7 de abril, que este ano tem como tema Minha Saúde, Meu Direito, procurando defender o direito de todas as pessoas, em todos os lugares, de ter acesso a serviços de saúde de qualidade, educação e informação. Também à água potável e ao saneamento, ao ar puro, à boa nutrição, à moradia de qualidade, a condições ambientais e de trabalho decentes, à proteção social adequada e à ausência de discriminação, entre outros.
No entanto, nas Américas, quase 30% da população tem necessidades de saúde não atendidas, uma situação que é exacerbada em países de baixa renda e nas comunidades mais pobres e vulneráveis.
Para avançar, o Dr. Jarbas Barbosa, diretor da OPAS, enfatizou a importância de abordar as desigualdades históricas que dificultam torná-lo realidade para toda a população e que foram exacerbadas pela pandemia de Covid-19.
“As condições socioeconômicas, como a pobreza e o acesso limitado a serviços básicos, expõem as pessoas a um maior risco de doença. Além disso, barreiras financeiras, geográficas e culturais dificultam o acesso de algumas populações aos cuidados de saúde”, explicou.
Nesse contexto, a agência recomenda a transformação dos sistemas de saúde, baseando-os na atenção primária, um modelo centrado nas pessoas e nas comunidades e focado na saúde e não na doença.
Além disso, ela pede que sejam abordados os determinantes sociais e ambientais que condicionam a saúde, o bem-estar e a equidade de indivíduos e comunidades por meio de ações intersetoriais.
Além disso, exige o aumento do investimento nesse setor para pelo menos 6% do produto interno bruto (PIB), investindo 30% desses recursos no primeiro nível de atendimento e eliminando os pagamentos do próprio bolso no ponto de atendimento.
Barbosa destacou que a OPAS continua progredindo na implementação de sua iniciativa para eliminar mais de 30 doenças infecciosas e promover ações contra doenças não transmissíveis, como câncer e diabetes.
“A saúde e o bem-estar são aspectos centrais de uma vida plena e não devem ser considerados um privilégio, mas a base sobre a qual a sociedade se desenvolve, cresce e prospera”, afirmou.
lam/lpn