A reunião, derivada dos debates do Conselho de Segurança sobre o cessar-fogo, analisará um dos documentos apresentados à ferradura no mês passado e depois vetados pela China e pela Rússia.
A proposta, preparada pelos Estados Unidos, foi descrita como unilateral e pouco clara no seu objetivo de pôr fim ao conflito.
O texto enfrentou fortes críticas dos países árabes, representados pela Argélia, devido à falta de uma mensagem real de paz e de preocupações fundamentais.
O embaixador permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, garantiu que o texto não pedia explicitamente um cessar-fogo, mas antes tentava “vender um produto” ao Conselho usando a palavra imperativo.
Nebenzia destacou a delegação estadunidense por tentar deliberadamente enganar a comunidade internacional com um projeto que simplesmente serviu para agradar aos eleitores norte-americanos ao empregar um falso apelo a um cessar-fogo.
Por sua vez, o embaixador palestino na organização, Riyad Mansour, alertou sobre a falta de acusações contra Israel por seus crimes e a possibilidade expressa no texto de uma futura operação militar na província de Rafah, no sul.
“Somos contra a transferência forçada de dentro e fora de Gaza e rejeitamos totalmente qualquer tentativa de invadir e atacar a área de Rafah, incluindo a cidade de Rafah”, acrescentou o diplomata.
Poucos dias depois, o Conselho aprovou a primeira resolução para o cessar-fogo do Ramadã apresentada por seus dez membros não permanentes, que recebeu 14 votos favoráveis e a abstenção dos Estados Unidos.
No entanto, até agora, Israel ignora os regulamentos vinculativos e, pelo contrário, mantém a sua ofensiva contra civis e alvos humanitários numa escala considerada sem precedentes pela própria ONU.
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