Numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo do Bangladesh, Hasan Mahmud, Vieira destacou que Dhaka partilha os princípios e posições com os Estados-membros do bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Arábia Saudita, e os Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Etiópia e Irão, destacou o meio de comunicação do Bangladesh, Sangsbad Sahgstha.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil acrescentou que Bangladesh, como uma voz emergente do Sul Global, poderia oferecer contribuições substanciais aos Brics em uma série de questões.
No âmbito do seu programa em Dhaka, Vieira foi recebido esta Segunda-feira por Hasina, com quem teve um encontro para discutir possibilidades de aumento do comércio direto entre os dois países, bem como a necessidade de garantir a balança comercial e melhorar as relações bilaterais existentes.
Na véspera, os chanceleres de Bangladesh e do Brasil assinaram um acordo técnico, após discutirem novas formas e caminhos de cooperação em busca de um comércio equilibrado.
Vieira saudou o interesse do Bangladesh em alcançar um Acordo Comercial Preferencial (PTA) com o Mercado Comum do Sul, que destacou como um esforço que melhorará as oportunidades de negócios.
Ambos os chanceleres concordaram que este passo fomentará os compromissos que as duas nações mantêm no setor privado e com outros estados-membros do Mercosul, e contribuirá significativamente para a promoção da cooperação Sul-Sul.
Neste sentido, Vieira e Mahmud também manifestaram o seu compromisso de trabalhar em conjunto para iniciar o processo de negociação do ACP o mais rapidamente possível.
Na opinião do ministro das Relações Exteriores de Bangladesh, as conversas foram produtivas e ele explicou que também trataram de iniciativas internacionais e regionais e de cooperação multilateral.
Durante a reunião, os dois ministros concordaram sobre a importância de aumentar o intercâmbio em sectores como agricultura, pecuária, ciência, tecnologia e inovação, educação, alterações climáticas e transição energética.
Discutimos muitos assuntos, como a isenção de impostos para peças de vestuário fabricadas em Bangladesh, o investimento do Brasil na zona econômica e no setor de TI do país do sul da Ásia e a exportação de produtos farmacêuticos e cerâmicos para o Brasil, segundo Mahmud.
O chanceler de Bangladesh também anunciou uma possível visita de Hasina ao país sul-americano em julho para atender a um convite do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
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