O portal de notícias palestino Al Quds afirmou que as delegações deixaram esta manhã a capital egípcia, após as reuniões realizadas na véspera para tentar chegar a entendimentos sobre uma trégua na Faixa de Gaza.
Segundo fontes idênticas, acrescentou, equipas do Hamas, dos Estados Unidos, do Qatar e de Israel deixaram o Cairo para realizar novas consultas.
Uma fonte do grupo palestiniano disse ao meio de comunicação que os seus negociadores regressaram a Doha para reuniões internas sobre as propostas apresentadas, mas esclareceu que não há progressos notáveis até ao momento.
O Hamas ratificou na véspera a sua posição inicial sobre um acordo de troca de prisioneiros, que deve ser acompanhado de um cessar-fogo permanente, do regresso dos deslocados e da retirada total das tropas israelitas de Gaza, à qual se opõe o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Estima-se que cerca de 130 israelitas (nem todos vivos) permanecem em Gaza detidos pelas milícias palestinas, que exigem a libertação dos seus compatriotas detidos no país vizinho para a sua libertação.
Por seu lado, altos responsáveis israelitas, citados pelo Canal 12 e pelo portal de notícias Ynet, também acalmaram os ânimos ao salientar que ainda não há nada de concreto.
“Ainda não vemos um acordo no horizonte. A distância (entre ambos os lados) ainda é grande e até agora não houve nada dramático”, disse um deles ao Ynet.
Em declarações à televisão Al-Mayadeen, uma fonte palestina concordou com essa avaliação e acusou Israel de falta de compromisso e obstinação.
No entanto, o canal egípcio Al-Qahera News afirmou esta segunda-feira que os partidos aceitaram pontos básicos.
Segundo a estação televisiva, os negociadores reiniciarão os contatos no prazo de 48 horas após o regresso das consultas.
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