A lista é encabeçada pelos irmãos Daniel e Ariel Sauer, co-proprietários da empresa de serviços financeiros Factop, atualmente em processo de fechamento, assim como da corretora de valores STF.
Seus ex-sócios Rodrigo Topelberg, Darío Cuadra, Luis Flores e Alberto Sauer também foram presos.
Além disso, a Promotoria Oriental da capital chilena obteve autorização para invadir as residências dos acusados e apreender objetos e documentos que poderiam servir de prova, como telefones, computadores e outros.
O caso Factop começou quando o Serviço de Receitas Internas (SII) detectou que os Sauers forneceram quase 10.000 faturas falsas de cerca de 13 milhões de pesos ( quase US$ 14 mil) a mais de 100 empresas diferentes entre 2021 e 2023.
Por outro lado, a Comissão de Mercados Financeiros (CMF) suspendeu a empresa STF em março de 2023 por não ter entregado suas demonstrações financeiras devidamente auditadas dentro do prazo.
A Comissão constatou que a firma de auditoria se recusou a assinar os documentos porque não tinha provas suficientes para comprovar o valor do patrimônio líquido declarado.
Isso sem contar os cerca de 10 processos judiciais e outras ações civis movidas por investidores, clientes e outras partes afetadas contra a Factop no valor de mais de US$ 45 milhões.
Essas irregularidades envolvem multas pesadas e o eventual fechamento das operações, entre outras sanções, mas o caso se complicou ainda mais quando houve o vazamento de conversas entre Daniel Sauer, seu advogado de defesa, Luis Hermosilla, e outra advogada, Leonarda Villalobos.
Os áudios revelaram pagamentos ilegais a funcionários da SII e da CMF em troca de informações privilegiadas sobre o andamento das investigações, em uma tentativa de impedi-las.
Os seis detidos serão acusados na segunda-feira e o tribunal decidirá se eles ficarão em prisão domiciliar ou serão presos enquanto as investigações são concluídas.
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