Em sua tradicional coletiva de imprensa de segunda-feira, o primeiro vice-presidente da maior força política do país se opôs à violenta tomada do território mexicano pelas forças de segurança equatorianas, que qualificou de “irresponsabilidade por parte dos que governam nesse país”.
Entendemos o que o “nosso querido” presidente Andrés Manuel López Obrador e o governo mexicano estão passando, disse o líder político.
Cabello lembrou como, com o governo de Nárnia (terra da fantasia), presidido pelo oposicionista Juan Guaidó, embaixadas venezuelanas foram tomadas em várias partes do mundo, incluindo nos Estados Unidos, era o “fascismo operando”, disse ele.
O também presidente do Comitê de Política Interna da Assembleia Nacional enfatizou que esse tipo de ato deve ser condenado para que “não se repita em nenhum lugar”.
Ele disse que nos dias 11, 12 e 13 de abril, haverá uma agenda especial para lembrar constantemente como foram as coisas durante o golpe de Estado de 2002, no qual a face do fascismo foi vista, e afirmou que são as mesmas pessoas que não querem que uma lei seja aprovada hoje.
Em 6 de abril, o Parlamento aprovou em primeira discussão o Projeto de Lei contra o Fascismo, Neofascismo e Expressões Similares, uma iniciativa legal proposta pelo presidente Nicolás Maduro para enfrentar a violência.
Cabello disse que, naquela época, os fascistas encontraram a oportunidade de se expressar publicamente e lembrou o ataque à embaixada cubana em Caracas, a perseguição contra a liderança chavista e como eles invadiram apartamentos e procuraram outros para assassiná-los.
Eles queriam assassinar o presidente Hugo Chávez e surgiu essa figura “quase como um poema” da união cívico-militar, disse ele.
O político venezuelano denunciou que esse fascismo foi apoiado pela Fedecámaras, a antiga Confederação dos Trabalhadores Venezuelanos, por alguns líderes militares da época e teve o apoio dos Estados Unidos, que estão sempre na vanguarda dos golpes de Estado.
Ele disse que os dias 11, 12 e 13 de abril são dias para “percorrer nossa história”, destacá-la e trabalhar para garantir que esses eventos, que custaram a vida de dezenas de pessoas em apenas 48 horas, nunca mais aconteçam.
“Isso não aconteceu em nenhum outro lugar do mundo, aconteceu na Venezuela”, declarou o deputado, e comentou que o fascismo acredita que pode voltar, dá as caras e “às vezes até participa de eleições”, disse ele.
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