A decisão segue-se a um anúncio na véspera de sessões de informação até amanhã, quinta-feira, por parte dos legisladores com chefes tradicionais e grupos da sociedade civil em todo o país para os persuadir dos méritos das emendas à Constituição.
A legislatura aprovou há alguns dias alterações à constituição, entre as quais as mais controversas são a abolição das eleições presidenciais por voto direto e a criação do cargo de presidente do Conselho Ministerial, um super primeiro-ministro, descrito como um subterfúgio para manter o atual presidente, Faure Gnassingbé, no poder.
Os ministérios da Segurança e do Interior emitiram ambos comunicados em que concordam que as manifestações, convocadas para amanhã pelos partidos da oposição e por organizações da sociedade civil, irão perturbar a ordem pública.
No entanto, os opositores políticos do Presidente Gnassingbe disseram à imprensa que estão a ponderar a possibilidade de manter viva a convocação de protestos, apesar da possibilidade de confrontos com a polícia semelhantes aos que se revelaram letais no passado.
Os protestos de rua organizados pela oposição em 2005 e 2017 culminaram com a morte de um número indeterminado de pessoas, que fontes não oficiais estimam em centenas.
Paralelamente à proibição draconiana, o governo anunciou o adiamento para o dia 29 das eleições legislativas previstas para segunda-feira, 22 deste mês, uma decisão descrita como uma “tática dilatória” pelos porta-vozes da oposição.
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