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Analisador questiona intenções do governo argentino de aderir à OTAN

Analisador questiona intenções do governo argentino de aderir à OTAN

Buenos Aires, 13 abr (Prensa Latina) Se a Argentina se unir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), se converterá em sócio do usurpador de seu próprio território, afirmou no sábado o analista Luis Bruschtein.

Em um artigo publicado no jornal Página 12, o subdiretor do periódico advertiu sobre os riscos das intenções do governo de Javier Milei de aderir à OTAN e lembrou que o Reino Unido é um dos principais membros dessa organização e ocupa as Ilhas Malvinas há 191 anos, onde mantém uma presença militar.

Ele também condenou o apoio do presidente aos Estados Unidos e “a política criminosa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu”.

Depois de iniciar o genocídio em Gaza, Israel começou a bombardear o território libanês e sírio, e ameaçou fazer o mesmo contra o Irã. Nesse contexto internacional, a falsa decisão da Corte de Cassação sobre o envolvimento de Teerã no bombardeio da Associação Mutual Argentina, sem fornecer nenhuma evidência confiável, cheira fortemente a uma operação da mídia, alertou Bruschtein.

Ele também acusou Milei de envolver a Argentina em conflitos no Oriente Médio.

Nos fóruns internacionais, Israel e os Estados Unidos sempre votaram contra a Argentina e a favor do colonialismo britânico nas Malvinas. Se eles se tornarem os principais aliados do país, como o presidente anunciou, é óbvio que a questão será deslocada e minimizada, disse ele.

A soberania sobre esses territórios, que estão a menos de 200 milhas do continente, que tinham uma população argentina quando foram invadidos e que nossos governos sempre reivindicaram, se tornará uma questão menor. O mesmo acontecerá com a luta pelas outras ilhas do Atlântico Sul, bem como a projeção sobre a Antártica, acrescentou.

Além disso, ele destacou que a OTAN está envolvida em uma guerra que pode incendiar o planeta e que os orçamentos militares dispararam nos países europeus determinados a acompanhar a resistência dos Estados Unidos em perder sua hegemonia planetária.

A tensão no Mar da China por causa do governo separatista de Taiwan apoiado por Washington, a tentativa da Exxon Mobile de explorar campos de petróleo no Essequibo, o genocídio em Gaza, os bombardeios no Líbano e na Síria e a séria ameaça de Israel de fazer o mesmo contra o Irã, além do iminente envio de tropas europeias para a Ucrânia, colocam o planeta em um estado incandescente devido à decadência imperial dos Estados Unidos, explicou.

Colocar a Argentina nesse barril de pólvora, sem necessidade, sem nada a ganhar e muito a perder, é um ato criminoso, afirmou.

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