Numa reunião ministerial consultiva, o chefe do governo libanês enfatizou a urgência de romper o impasse que afeta todas as instituições do Estado e preservar a estabilidade do país.
Na presença de vários titulares de pastas, Mikati sublinhou a responsabilidade nacional e social do gabinete interino; e nesse sentido expressou: “Não buscamos o luxo político e não temos paixão pelo poder”.
Na sua avaliação, o Líbano deve ter uma posição unificada perante a comunidade internacional sobre a questão dos refugiados sírios e o seu impacto em todos os aspectos da realidade nacional, econômica, social, de segurança e de soberania.
Segundo a mais alta figura do Executivo, o Líbano passou esta semana por acontecimentos de segurança, que poderiam ter tido consequências mais graves se não fossem os esforços do exército e das forças de segurança, a seriedade das investigações, a sabedoria dos líderes e referências, bem como apelos à moderação, prudência e consciência.
Em meio ao aumento dos crimes cometidos por alguns dos refugiados, Mikati sublinhou a importância de abordar esta situação com firmeza pelas agências de segurança e de tomar medidas para prevenir qualquer ato criminoso e evitar comportamentos inaceitáveis para com os irmãos sírios que estão legalmente presentes e os deslocados.
A este respeito, pediu ao Ministro do Interior que aplicasse estritamente as leis libanesas com todos os refugiados e que fosse firme com os casos que violam estes regulamentos.
Neste contexto, a autoridade governamental apelou a não esquecer o que está a acontecer no sul com a agressão israelita e a queda de mártires e feridos, a destruição e devastação, e o incêndio de terras.
Mikati reafirmou a rejeição aos ataques israelenses e à violação da soberania nacional pelas forças da entidade ocupante.
Neste momento, comentou a apresentação de diversas queixas ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e exigiu que a comunidade internacional esteja alerta e ponha fim às tentativas de Israel de arrastar a região para a guerra.
Ao mesmo tempo, o Primeiro-Ministro libanês acrescentou que os contatos diplomáticos estão a fazer todo o possível para pressionar o governo de Tel Aviv a parar a sua agressão e evitar a escalada de confrontos. A reunião ministerial respondeu ao apelo do chefe de gabinete para discutir o cenário de segurança interna e no sul, particularmente após os persistentes bombardeamentos israelitas; além de abordar a questão dos deslocados e a situação do abastecimento no país.
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