O Comitê de Liberdades do Sindicato dos Jornalistas Palestinos criticou num comunicado a atuação das Forças Armadas daquele país, especialmente na Faixa de Gaza, sob ataque desde 7 de outubro.
Três dos comunicadores perderam a vida durante ataques militares contra as suas casas no enclave costeiro e os outros três devido a tiros ou estilhaços de foguetes, explicou.
Entre as violações, citou a destruição de 12 instituições e casas de jornalistas em Gaza, a prisão de oito deles e 24 casos de destruição e confisco de equipamentos de trabalho.
Em Março, tropas israelitas invadiram quatro casas e instituições de comunicação social e, ao menos três ocasiões, dispararam contra endereços onde trabalhavam jornalistas, disse ele.
A declaração alertava que o ritmo dos ataques contra eles está a aumentar nos territórios palestinos ocupados.
Há duas semanas, o Clube dos Prisioneiros revelou que as forças de segurança israelitas prenderam 66 jornalistas palestinos desde o início do novo ciclo de violência, em 7 de Outubro.
A organização não governamental afirmou em comunicado que 45 continuam presos.
A maioria foi acusada de alegada incitação nas redes sociais ou nos meios de comunicação onde trabalham e pelo menos 23 foram presos ao abrigo da controversa regulamentação conhecida como detenção administrativa, explicou.
Este último permite que Israel prenda palestinos por intervalos renováveis que normalmente variam de três a seis meses, com base em provas não reveladas, que até mesmo o advogado do acusado está proibido de ver.
O Fórum dos Meios de Comunicação Palestinos condenou este fim de semana os ataques sistemáticos do Exército israelita contra jornalistas em Gaza, o que, recordou, viola as leis e normas internacionais.
Desde o início da agressão contra aquele território, Israel bombardeou cinquenta sedes de instituições do setor, incluindo os escritórios da Al Jazeera, da Palestina TV, das agências de notícias Maan, bem como dos jornais Al Quds e Al Ayyam.
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