Nota da PF indica que foram expedidos, no total, 18 mandados de busca e prisão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Rio Grande do Norte (um), Santa Catarina (um), Pará (quatro ), São Paulo (um), Minas Gerais (três), Espírito Santo (quatro), Tocantins (um) e Mato Grosso do Sul (três).
Foi apurada a indisponibilidade de bens, bens e títulos dos investigados, prevendo-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar a 40 milhões de reais (cerca de oito milhões de dólares).
Em tese, os factos investigados constituem crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens especialmente protegidos.
As investigações continuam em andamento e a Operação Lesa Pátria está em andamento, com atualizações regulares sobre o número de mandados emitidos e de pessoas capturadas.
Até o momento, o número de pessoas condenadas por participação na tentativa de golpe contra a sede do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal e do Palácio Presidencial da capital subiu para 188.
Esse número foi alcançado após o STF sancionar outros 15 envolvidos nos episódios antidemocráticos, levando em conta as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Cada acusado foi julgado individualmente no plenário virtual do STF, quando os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico.
Para 13 pessoas, as penas foram fixadas em 14 anos de prisão e para as restantes duas foram de 17 anos civis.
O site oficial do STF indica que a maioria do plenário apoiou o voto do presidente da Câmara, ministro Alexandre de Moraes, no sentido de que, “ao solicitar a intervenção militar, o grupo do qual faziam parte pretendia derrubar o eleito democraticamente governo em 2022”.
O orador observou que, tal como defendeu a PGR, trata-se de um crime de autoria coletiva (execução em massa) em que, a partir de uma ação conjunta, todos contribuíram para o resultado.
De Moraes confirmou que, entre as muitas provas apresentadas pela PGR, algumas são explícitas, produzidas pelos próprios envolvidos, como mensagens, fotos e vídeos publicados nas redes sociais.
Há também registros internos de câmaras do Palácio do Planalto, da sede do Poder Executivo, do Congresso Nacional e do STF, e provas baseadas em vestígios de DNA encontrados nessas dependências, além de denúncias de testemunhas.
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