O Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK) correlacionou os prováveis efeitos climáticos com a produtividade econômica de 1.600 regiões no mundo todo.

Segundo o relatório, a estimativa de danos baseia-se em dados de temperatura e precipitação dos últimos 40 anos nesses 1.600 locais, sem levar em conta condições climáticas extremas ou outras catástrofes relacionadas ao clima, como incêndios florestais ou aumento do nível do mar.

Além disso, os cálculos levaram em conta apenas as emissões de CO2 já liberadas na atmosfera, mas a previsão é sombria: a economia global sofrerá uma redução de 19% na renda até 2049, o que significará perdas anuais de US$ 38 tri internacionalmente, disse o PIK.

Essas baixas de curto prazo, insistiu a fonte, serão o resultado de emissões que já aconteceram; portanto, sem medidas eficazes de mitigação, os danos serão maiores na segunda metade do século.

A mudança climática causará danos econômicos maciços até mesmo em países altamente desenvolvidos, como a Alemanha, a França e os Estados Unidos, afirmou.

Entretanto, argumentou o PIK, o aumento do aquecimento global exacerbará a injustiça climática, já que as nações pobres e em desenvolvimento serão as mais afetadas.

De agora até a metade do século, o PIB global poderia cair 17% em decorrência desses problemas, tornando menos dispendioso aumentar os investimentos climáticos.

O custo das medidas para limitar o aquecimento global a dois graus Celsius em relação às temperaturas pré-industriais até 2050 seria de cerca de US$ 6 tri ou seja, menos de um sexto do valor dos danos projetados se o aquecimento ultrapassar esse nível, segundo a pesquisa.

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