Reunidos na véspera em Caracas no calor do evento, organizado pela Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio Popular (ALBA-TCP) e pelo Instituto Simón Bolívar, comunicadores da América Latina e do Caribe optaram por alcançar maior coesão em diversas frentes como colaboração, formação e gestão em redes sociais.
Durante o evento, a Prensa Latina ratificou seu apoio para trabalharmos juntos e de forma mais articulada na busca de enfrentar as campanhas midiáticas e as notícias falsas que são tecidas contra o povo da América.
Em nome da Agência, criada por iniciativa do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, e fundada pelos argentinos Ernesto Che Guevara e Jorge Ricardo Masetti, o editor-chefe dos Editoriais Especializados, Maylín Vidal, expressou que podem sempre contar com a imprensa latina.
Convidou também os meios de comunicação presentes a aderirem à recém-criada plataforma Vozes do Sul Global, criada em janeiro passado no calor da Conferência Internacional Nova Operação Verdade, para a qual convergem trabalhos jornalísticos atuais enviados por jornalistas de vários continentes.
Vidal lembrou que a Prensa Latina celebrará 65 anos de história no dia 16 de junho e continua avançando, hoje com acordos com mais de 100 meios de comunicação internacionais e além de ser membro do Conselho de Administração da Rede de Notícias do Cinturão e Rota, ele está presente em quase 40 países em condições muito difíceis e com correspondentes presentes em locais tão complexos como o Líbano, a Síria ou o Haiti.
Também enfatizou a necessidade de trabalhar em unidade dentro da diversidade e enviou um abraço de solidariedade aos colegas da agência argentina Télam, em resistência após a decisão do presidente Javier Milei de fechar aquele meio, com quase 80 anos de história.
A necessidade premente de articular uma agenda comum com questões em questão, como as próximas eleições na Venezuela ou o que está a acontecer hoje com o massacre de Israel contra a Palestina, foi destacada na reunião.
O trabalho da emissora de televisão Telesur, a experiência de países como Peru, Argentina ou Bolívia, por exemplo, onde foi criada uma associação de meios de comunicação alternativas, floresceu no debate, no qual os participantes mergulharam na necessidade de união regional para enfrentar os desafios globais que esta nova era nos exige.
Numa das intervenções, María Fernanda Ruis, do espaço Mueve América Latina, destacou como o nosso povo está sendo sistematicamente despolitizado. Existe uma grande maquinaria e nós, disse ele, temos a força da verdade para enfrentá-la.
No encontro estiveram presentes diversas vozes de meios de comunicação alternativos e outros como Ideas Multimedios, Granma e Televisão e Rádio Cubana, além de comunicadores de Porto Rico, México, Chile, entre outros.
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