O recente relatório, “Geopolítica da transição energética: segurança energética”, descreve a natureza sistêmica das mudanças em curso e os seus amplos impactos sociais e econômicos justificam um pensamento holístico.
“Um novo conceito que deve abordar a procura de energia, a flexibilidade do sistema, o acesso à tecnologia, o desenvolvimento de infraestruturas, as cadeias de valor, os efeitos das alterações climáticas e a segurança humana”, afirma o documento.
Na opinião da organização, a segurança energética evoluirá em diversas áreas numa era baseada nas energias renováveis, elementos vitais tanto para os países desenvolvidos como para os países em desenvolvimento.
O texto sublinha que as considerações políticas e de segurança serão a chave para a implantação de infraestruturas que apoiem sistemas energéticos flexíveis e sejam resilientes a eventos climáticos extremos, sem esquecer as ameaças cibernéticas, os ataques físicos ou uma combinação de ambos, que estão a ganhar destaque no mundo com sistemas altamente eletrificados e digitalizados.
Ao referir-se à segurança humana, especialmente para os utilizadores finais de energia, destacou a necessidade de dar prioridade aqueles nas áreas da insegurança hídrica e alimentar, doenças, marginalização econômica, desigualdade e pobreza energética. De acordo com Irena, na sua investigação “Perspectivas de Transições Energéticas Globais”, as energias renováveis representariam três quartos do mix energético global até 2050, com a eletricidade como principal transportador, cobrindo mais de 50% do consumo.
Um sistema baseado em energias renováveis caracteriza-se por uma elevada eletrificação e eficiência, complementada por hidrogênio verde e biomassa sustentável, especifica a organização internacional.
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