Ao abordar o assunto na habitual conferência de imprensa do presidente Andrés Manuel López Obrador, o proprietário lembrou que há pouco mais de uma semana o INE informou que 39.724 registos no estrangeiro foram eliminados da lista nominal por inconsistências ou possíveis irregularidades segundo o Instituto.
Após conversas entre autoridades e representantes do órgão eleitoral, ontem a Comissão Nacional de Vigilância da organização recomendou que 20.964 casos fossem acrescentados à lista; No entanto, esclareceu o secretário dos Negócios Estrangeiros, “ainda temos 18.760 com irregularidades”.
O INE informa a todos eles por via eletrônica que devem apresentar o seu pedido de esclarecimentos antes de 5 de Maio e, até à data, 14.279 pessoas já solicitaram esses esclarecimentos, disse Bárcena.
Quem não quiser solicitar esclarecimentos ou cujo pedido não foi adequado desta forma pode ir votar nos 23 locais presenciais no estrangeiro, 20 deles nos Estados Unidos, e os restantes três no Canadá, Espanha e França, disse o proprietário, lembrando que para isso o Instituto terá cédulas adicionais nas urnas.
Bárcena insistiu que esta é fundamentalmente uma responsabilidade do INE e explicou que no dia da nomeação às urnas, os consulados permanecem à disposição daquele Instituto e todo o pessoal do estabelecimento, incluindo o cônsul, abandona as instalações.
“Não participamos de forma alguma em nenhuma parte do processo, que é da total responsabilidade do INE. Apenas facilitamos e informamos os nossos migrantes no estrangeiro”, sublinhou.
Conforme detalhado, em 2006 havia 40.876 mexicanos no exterior com direito de voto; em 2012, 59.115; em 2018, 181.873, e em 2024, 227.112, um número baixo para o número de residentes no estrangeiro, que podem exercer o seu direito de voto através de três modalidades: postal, eletrônico e presencial. Ao referir-se à exclusão da lista dos quase 40 mil residentes no estrangeiro, López Obrador afirmou no dia 16 de abril que sempre se colocam obstáculos aos migrantes, razão pela qual muito poucos conseguem votar.
Informou que as Secretarias dos Negócios Estrangeiros e do Interior vão reunir-se com os assessores do INE para tentar encontrar soluções para esta situação.
Nas eleições de 2 de junho, consideradas as maiores registradas no país, estarão em disputa mais de 20 mil cargos, entre eles, o de chefe do Executivo, de parlamentares, de prefeitos e de diversos governadores. mem/las/ls