“Estima-se que as mortes relacionadas com o calor tenham aumentado em 94% das regiões europeias monitorizadas, algo que é verdadeiramente preocupante, uma vez que o Velho Continente enfrenta um número crescente de dias de stress térmico”, assinala o texto.
Acrescenta que, para além dos desafios que as ondas de calor representam para a saúde, existem outros fenômenos climáticos extremos que afetaram gravemente as pessoas, como as tempestades que causaram 63 mortes, e as inundações e os incêndios florestais, que deixaram 44 vítimas no ano passado.
Por outro lado, destaca o texto, as alterações climáticas causaram perdas no valor de mais de 13,4 bilhões de euros à Europa em 2023, 81% delas devido a inundações.
Neste sentido, a Comissão Europeia estimou que os danos anuais na Europa causados pelas inundações costeiras poderão exceder 1,6 bilhões de euros até 2100, com 3,9 milhões de pessoas expostas a estas catástrofes anualmente.
Alertou também para uma redução de até 2,4 bilhões de euros no Produto Interno Bruto (PIB) da União entre 2031 e 2050 se o aquecimento global continuar a ultrapassar o limiar de 1,5 graus Celsius.
Além disso, o agravamento dos impactos climáticos poderá reduzir o PIB da UE em cerca de 7% até ao final do século.
O relatório “destaca a tendência alarmante do aumento das temperaturas e os efeitos das alterações climáticas em toda a Europa”, afirmou a Comissão.
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